domingo, 27 de setembro de 2009

Do amor

O amor voltou...
É hora de se alegrar
de aclamar ao alto dos céus
de se alegrar com a chuva
e sorrir com o sol!...
Não, não é hora de viver
Longe disso

O rebuliço do coração me traz mais e mais dor

Anseio por matá-lo, por destruí-lo por completo

Acabar com toda lembrança da vontade de mãos dadas

Do afago nos cabelos

Do olhar quieto e profundo

Do abraço acronológico

Do beijo mudo

Quero o meu canto quieto, organizado, sem tempestades repentinas

Não quero a alegria contínua para no fim a dor suplantar

Atrapalhado

Desculpe, não sei cantar

Tentarei falar

o coração não deixa, mas a cabeça quer

Você bela

Desculpe novamente,

As palavras simplesmente saem sozinhas,

Você encanta, enlaça,

Você é grandiosamente bela

Grandiosamente bela...

Seu pequeno sorriso

Tímido, escondido

É puro...

É lindo...

Desculpe mais uma vez,

Gosto de você,

É o que quero dizer.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Caixa de Pandora

"O amor existe, o que falta é gente disposta a encarar"
Foi o que um sábio amigo me disse
Eu procuro pelo amor
por maior que seja a desilusão, a dor,
o horror...

No fundo a esperança grita, tentando desvincilhar das correntes postas
por corações que já não querem sentir nada
Ela faz doer a cada grito estridente que dá
Tentamos sufocar, ela esperneia, chora, implora para que paremos 
mas nunca morre

Talvez seja esta minha desilusão
Mas dada a impossibilidade de tal assassinato
em mim o amor escondido no mais profundo abismo brota
e espera para que seja colhido
está lá há muito tempo, nasceu entre pedras
entre muito sofrimento, mas continua
não pereceu
Enquanto isso, rastejo

sábado, 19 de setembro de 2009

À uma nova história!

Desculpa o atraso pia, mas minha semana foi muito corrida e queria fazer uma coisa com mais calma, não impulsiva como eu geralmente faço

Irmão em todos os tempos
Gentil, feliz, contagiante... queria que fosse uma
ode, mas não consigo controlar as palavras
resta apenas meu intento, mas saiba com o coração mais cheio de
alegria grito:
Parabéns meu amigo e irmão
quando de mim precisar
o impossível farei para te abraçar

Parabéns Igão que sua vida seja boa,
desejo isso do fundo do coração
Algum dia farei alguma coisa comparável com a grandeza do seu coração

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Rosto desconhecido

Decidi, não sozinho, a viver na solidão
Crescer sem uma família
Sem muitos amigos
Sem muita confraternização

O Amor, sórdido, que morra
pode parecer hipérbole
mas não

Não mesmo, anseio por viver assim
Anseio por viver longe
Até mesmo sem amigos

Num lugar esquecido onde a mais nostálgica lembrança não possa chegar
Num lugar de desconhecidos
onde acabe definhando até a morte
na completa surdina
A morte de um completo desconhecido
Quem foi? Quem é?
não se sabe

Esquece-se rapidamente
Nem nos obituários aparece

Espero essa ser minha vida...
Uma vida vazia,
filantrópica
não-marcante...

Uma vida sem lápide

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Casa lua

Uma lua bonita
para onde irei,
tão calma e serena,
como? eu não sei

O borbulho da vida não é para mim
não anseio o amor um tanto chinfrim

Quero a calma dos sentimentos
para conquistar uma vida
sem desalentos

quero a solidão
e a união

Quero transpor a dor que não me pertence
ao fundo do meu coração
para quem sabe dar um alento àqueles
que morrem na escuridão

Não sou cego nem surdo
vejo injustiça
e quero acabá-la

Finalidade do meu coração
é acender a luz para acabar a sofridão

Quando cheio estiver meu peito
saberei por certo ter sido direito

E para calma lua irei
só alma

domingo, 13 de setembro de 2009

O fim da amizade

Continuam a me dizer para desistir
não intervir
esquecer o sentir

Não para tudo...
Sim para tudo!

Amigos criaram o meu amor
o meu alento
o meu encanto
o meu fervor

Não há possibilidade no mundo
de um dia esquecê-los...

Na verdade há
O dia que eles não me quiserem mais
seus pensamentos podem até, com resquícios de memória,
Lembrar ao longe que houve um amigo
sem sentido,
sem importância,
e podem pensar que este que vos fala
não se lembra devido a distância
Pois sinto dizer que isso não ocorrerá
meu coração nunca os abandonará

Amigos, amigos...
Sou eterno devedor
Só espero que com alegria
Possa lhes dar um pouquinho de esplendor

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Da dor

A dor terrível assola corações, o meu, antigo flagelado, sabe bem o horror
a repugnância... o ódio...
Não consigo convalescer ao ver alguém tão bom decaindo, encrustrando dentro de seu ser
criando barreiras para flagelos e alegrias... se tornando humano...

Não quero que isso aconteça com ela, não!
Ela não! Que uma alma seja poupada, mas... acho que já fiz esse pedido há algum tempo...
Chego a seguinte conclusão, Sua orelha é um espelho...

Estava conseguindo ficar um pouco longe da casca, conseguindo ver uma fagulha de beleza
e acontece isso, arrancam a luz de alguém próximo, se fosse só de um... várias
as pessoas em meu redor vivem encobertas de nuvens
Com elas vejo o sofrimento que senti, refletido no vago olhar lançado sobre o mundo

A vida transcorre a vida flui... quem sabe também a dor...
mas se esta não passar, fincarei meus braços ao redor deles e nunca
nunca os abandonarei

Para você, isso também é válido, meu empenho de tentar impedir infelicidades parecidas com a minha é para todos! E o sorriso de todos os que eu vejo é a coisa mais pura que sinto enquanto envolto no esgoto da necessidade supérflua do mundo...
Estarei empenhado ao máximo que pelo menos a casca não endureça totalmente ou se for preciso arrancar com unhas e dentes o escudo que a envolve estarei pronto

Basta o
horror que
acontece
repito com meu coração retumbante
basta o horror que
acontece... a
razão está engolindo o sentir, o
amar...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A luz em corações

A luz da lua nasceu do sol
De um coração calmo

O seu amar é lindo e puro
sem ódio do profundo obscuro

A vida resplandeceu
enquanto alguém morreu
a sorte desapareceu na pessoa que mais valeu

A luz da lua nasceu do sol
De um coração anuviado
Que fez da vida a sua dor
e esqueceu do seu amor

A luz vermelha resplandece nesse ardor

enquanto aquele esquece
da mais triste ferida
da vil palavra vociferada!!