Meu violão sem três cordas
Meus poemas amassados em algum lixo
Nada foi conquista
Se quiser tome pra você
Já nem aguento o gosto de vinagre de meu vinho
Descendo lentamente como se irrigasse
vai aquela cerveja velha e quente
O que agente acaba sonhando às vezes cai por terra
e tira com suas garras frias o último suspiro de esperança
As marcas ainda escorrem sangue
a barba cresce descontroladamente
ou o tempo passa sem eu perceber
Olhos secos e apáticos
Um vazio sem rumo
Muito bom pia.
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