sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Rosto desconhecido

Decidi, não sozinho, a viver na solidão
Crescer sem uma família
Sem muitos amigos
Sem muita confraternização

O Amor, sórdido, que morra
pode parecer hipérbole
mas não

Não mesmo, anseio por viver assim
Anseio por viver longe
Até mesmo sem amigos

Num lugar esquecido onde a mais nostálgica lembrança não possa chegar
Num lugar de desconhecidos
onde acabe definhando até a morte
na completa surdina
A morte de um completo desconhecido
Quem foi? Quem é?
não se sabe

Esquece-se rapidamente
Nem nos obituários aparece

Espero essa ser minha vida...
Uma vida vazia,
filantrópica
não-marcante...

Uma vida sem lápide

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