quinta-feira, 19 de maio de 2011

Um vazio sem rumo

Meu sax com teias de aranha
Meu violão sem três cordas
Meus poemas amassados em algum lixo

Nada foi conquista
Se quiser tome pra você

Já nem aguento o gosto de vinagre de meu vinho
Descendo lentamente como se irrigasse
vai aquela cerveja velha e quente

O que agente acaba sonhando às vezes cai por terra
e tira com suas garras frias o último suspiro de esperança

As marcas ainda escorrem sangue
a barba cresce descontroladamente
ou o tempo passa sem eu perceber

Olhos secos e apáticos
Um vazio sem rumo

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